terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A casa dos gays

Olá pessoal q
Faz algum tempo que eu quero falar sobre isso. Finalmente venci minha preguicite aguda :D
Estou curiosa pra saber o que vão pensar depois de ler o título da postagem.
O post está lyndamente ilustrado com duas ibagens de celebridades que eu procurei no google.
Eu já tinha até esquecido que queria falar sobre isso, eu me lembrei quando estava na casa da minha amiga e a gente estava conversando sobre Pollys. Ela disse que a maior parte das Pollys dela tinham cabelo "de verade" (é de plástico mas parece cabelo de gente), e só uma tinha aquele cabelo de plástico grudado, e ela disse que achava que todos os Ricks tinham cabelo de plástico grudado.
Aí eu me lembrei dos "gays"...
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Quando eu estava na quinta série (10-11 anos) e ainda morava em Rio Branco, eu e a minha melhor amiga decidimos travestir os nossos Ricks.
Ricks são os bonequinhos homens da Polly.
Eu fui pra casa dela levando retalhos que eu tinha conseguido de graça com a costureira que minha mãe ia (eu tinha usado os retalhos pra fazer um trabalho de escola, mas tinha sobrado um monte, alguns eram bem grandinhos) e o único Rick que eu tinha, um mágico que vinha com cartola, três coelhos, e uns negocinhos de fazer "mágica". 
Ela estava com um Rick de cabelo "de verdade" hilário. Eu nunca tinha visto antes um Rick com cabelo assim. Acho que era daqueles que vinham com um cachorro, mas eu não tenho certeza.
Nós, como um exemplo de talento em corte e costura, fizemos umas roupinhas horrorosas desfiadas, com durex e cola. 
O meu Rick nós nomeamos de "Ricka" e o dela de "Priscila". A Ricka tinha um tomara que caia vermelho com uma fenda na perna e a Priscila tinha uma saia preta, grafite, sei lá, com fenda na perna também, e uma blusa frente única do mesmo tecido, só que virado ao contrário (eles eram diferentes de um lado e de outro), e ela também tinha glitter no cabelo "de verdade" dela, a minha amiga passou um meio dourado pra deixar o cabelo com brilhinho e fez uma "flor" com glitter preto e vermelho.
A gente não fez sapato, e como os sapatos das Pollys não cabiam nos pés dos Ricks, elas ficaram descalças mesmo.
Aí lá em casa eu construí uma casa pra elas com papelão, ela tinha três andares, as paredes eram forradas com os retalhos que sobraram (e glitter), e os cômodos tinham tapetes. Os móveis eu usei alguns que vieram com as Pollys, outros eu mesma criei.
A Ricka e a Priscila eram casadas e viviam uma linda história de amor, de vez em quando eu também colocava as minhas Pollys na casa, que eram amigas que apareciam quando eram convidadas ou quando tinha festa. Sempre que aparecia alguém lá em casa eu tinha que mostrar "a casa dos gays" kkkk



No meio da quinta série eu mudei pra Cuiabá, e a minha amiga me deixou ficar com a Priscila.
Eu tive que fazer uma casa nova, porque a antiga ficou toda amassada e bugada com a viagem, essa era um pouco menor e feita de papel, mas ficou mais certinha e resistente, por ter ficado mais simétrica.
Aí a minha vó decidiu estragar tudo me dizendo que as travestis não se casam com outras travestis, e sim com homens. Mas é claro que saber disso não impediu que a Ricka e a Priscila continuassem se amando. Aliás, não tem vários casos de homens e mulheres que decidem trocar de sexo quando já estão casados, mas continuam com os mesmos parceiros?
Hoje eu não tenho mais a casa dos "gays", mas ainda tenho a Ricka e a Priscila, e elas já estão casadas há 5 anos (se for contar que elas se casaram na minha 5ª série LOL).
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Pronto, agora eu já contei sobre as minhas lindas brincadeiras de infância rssssssss

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Postagem pra dar fome sobre Anápolis

Novamente, eu não morri.
Eu queria postar com mais frequência, mas até mesmo quando eu tenho tempo me dá uma preguiça danada, ou eu arrumo outra coisa pra fazer.
Não sei o que acontece LOL
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Mas então, essa postagem é sobre a viagem que fiz pra Anápolis, minha cidade natal, em Goiás.
Lá estava bem fresquinho, e é verão. Eu vestia calça pra sair de casa, e de noite eu também levava uma blusinha de manga, e dentro de casa também era bem fresquinho, nem precisava de ar condicionado. Em comparação aqui em Cuiabá tá um calor do capeta (não me diga).
E é claro que eu matei a saudade da comida.
Acho que Anápolis deveria ser local para turismo gastronômico kkkk
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A minha mãe contrabandeou trouxe de lá um pacote de rosquinhas de cerveja da padaria (contrariando minhas expectativas, não consegui achar uma foto que fosse dessa bendita rosquinha. Ela é comprida, torcida como uma trança, durinha e tem um monte de açúcar cristal grudado) e um pacote café Rancheiro em pó (mas sobre isso eu nem ligo porque não gosto de café).
Eu me empanturrei de biscoito de queijo, pão de queijo e enroladinho de queijo.
O biscoito de queijo daqui de Cuiabá é esquisito e tem um formato de pão de queijo amassado. Não que seja ruim, é só que é muito diferente do de Goiás, que normalmente tem formato de rosquinha com um furo no meio e é uma delícia (alguns são mais durinhos, daqueles que derretem na boca, enquanto outros são mais macios, como uma versão não puxenta do pão de queijo).
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O caso do enroladinho de queijo é mais sério.
O problema é que ninguém aqui em Cuiabá faz ideia do que seja enroladinho de queijo.
Eu explico, enroladinho de queijo é a coisa mais gostosa do mundo.
Eu nunca encontrei em nenhuma padaria daqui enroladinho de queijo pra comprar. Normalmente os vendedores me olham e perguntam "enroladinho de queijo?????" fazendo uma cara de WTF. Eles imaginam um enroladinho de salsicha só que com queijo, o que seria uma coisa horrível, com a massa fina e meio dura, e um queijo seco.
Enroladinho de queijo é um pãozinho macio e delicioso recheado com um queijo sempre gostoso, mesmo que já esteja frio. Tem vezes que tem queijo ralado por fora, tem vezes que tem coco ralado, tem vezes que tem ele tem aquele negócio molhadinho doce e com coco ralado que põem nas roscas, e tem vezes que não tem nada. Todos são gostosos. LOL
Não consigo compreender como é que não vendem essa delícia aqui!
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Eu também comi queijo de trança. Esse eu já achei em Cuiabá. Já comi alguns gostosos, outros eram muito duros e salgados, mas até os gostosos não se comparam com o de Anápolis. Eles desfiam (sempre é mais legal desfiar o queijo antes de comer rss) e mesmo assim são macios e gostosinhos.
E pamonha.
Eu não tomei caldo porque toda vez que eu ia na pamonharia eu queria comer pamonha. Não que eu não goste de caldo, eu adoro, mas é que eu tinha que matar a saudade da pamonha, e aqui em Cuiabá já tem uma pamonharia que vende um caldo de milho muito gostoso.
A minha pamonha preferida é a de sal. Mas eu acho que ela deve ser mais difícil de fazer, porque normalmente as de doce aqui de Cuiabá são macias e gostosas (não tanto quando as de Goiás) enquanto as de sal são duras e puro sabugo. Felizmente, as de Anápolis eram todas perfeitas.